Começa nesta terça-feira (11) no Rio Grande do Sul o período oficial de semeadura de soja para a safra 2022/2023. A largada simbólica será realizada às 10h, em uma área do Sindicato Rural de Júlio de Castilhos, onde a 12ª edição do evento reunirá também empresas ligadas ao agro, em um dia de negócios e mobilização do setor.
Apesar das estimativas animadoras de uma produção recorde no País, superando as 150 milhões de toneladas, o ambiente não é tão otimista no Estado. As perdas superiores a 50% com a estiagem sobre a cultura no ciclo anterior e a sinalização dos institutos de meteorologia de que pode chover menos que o ideal sobre o Estado nos próximos meses, injetaram incerteza e apreensão nas lavouras. “Estamos com sementes, adubo e máquinas prontos para começar a plantar. Mas os produtores estão descapitalizados, e tudo indica que haverá um novo La Niña, ameaçando a produtividade no Rio Grande do Sul”, diz o presidente do Sindicato Rural do município, Rodrigo Siqueira.
Produtor em Passo Fundo e em Alegrete, Lorivan Formighieri ainda não definiu o total de área a ser plantada em suas terras, mas ficou contrariado com o impacto do período de vazio sanitário estabelecido para este ano. “Por conta das características geográficas, de baixa altitude e altas temperaturas, a metade norte do Estado costuma iniciar o plantio antes do período definido para este ano. Costumamos ter chuva em setembro e outubro, com redução em novembro e dezembro. E as chances de estabelecimento das lavouras no cedo sempre é maior. Esse período de vazio sanitário afetou nosso sistema de semeadura”, lamenta.
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