Com o edital prestes a ser concluído, já está definido o modelo de venda de uma das mais antigas empresas de transportes de passageiros do Brasil, a Companhia Carris Porto Alegrense. A empresa ou consórcio que quiser administrar a estatal terá de comprar a concessão das linhas e a estrutura da empresa (frota, veículos e demais equipamentos), mas vai poder escolher se adquire também o terreno, ativo de maior valor da companhia, avaliado em R$ 69 milhões pela Secretaria Municipal da Fazenda.
A hipótese de vender o terreno em separado já tinha sido sinalizada pelo governo, mas havia a preocupação de não se cometer nenhuma ilegalidade, o que foi descartado após consulta à Procuradoria-Geral do Município. “Eventuais interessados nos diziam que quem compra uma empresa de ônibus quer investir em ônibus e não em terreno, esse terreno é muito caro para o fim que se destina”, explicou a secretária Municipal de Parcerias, Ana Pellini, que prepara os últimos detalhes do edital que deve ser entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) em novembro.
Após a análise do documento e alguma eventual correção, o edital estará pronto para ser lançado. “Pode ser que sejam três ou quatro meses, mas o nosso cronograma permanece o de lançar o edital em abril de 2023”, afirmou. Algo que ainda não está fechado, por exemplo, é o valor total da Carris. Uma nova avaliação do valor da frota, entre ônibus e outros veículos de apoio, bem como equipamentos de manutenção, está sendo realizada. Em maio, quando foi realizada uma audiência pública para debater a desestatização da empresa, a prefeitura falava em torno de R$ 125 milhões o valor da Carris, que agora mudou, a começar pelo terreno. “Vamos ter a revisão do valor da frota, o valor do terreno baixou de R$ 90 milhões para R$ 69 milhões e para os ônibus estamos fazendo um detalhamento”, ressaltou Ana.
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