O clima de paz parece ter sido esquecido de vez nas eleições para o Governo do Estado. Um debate tenso, com troca de acusações, uma representação junto ao Ministério Público e um aperto de mão recusado permearam a manhã desta sexta-feira (14), quando Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL) se encontraram para um debate na Rádio Gaúcha.
Com mediação da jornalista Andressa Xavier e perguntas de assinantes e de profissionais do grupo, o clima se desenrolou logo após as considerações iniciais, em que Leite disse que sua meta era construir um ambiente de paz no Estado, enquanto Onyx suscitou o Dia dos Professores, neste sábado (15), e homenageou sua vice, Cláudia Nunes. Na sequência, Leite propôs que, para dar início a um debate de propostas, seria importante o concorrente esclarecer o que significava “ter uma primeira-dama de verdade”, como citado no programa de quinta-feira (13). “O senhor quis dizer que as anteriores eram de mentira? Ou foi uma homofobia velada?”, questionou. Onyx disse ser um defensor das liberdades individuais, e que Leite se vitimizava, informando que havia entrado com uma representação no Ministério Público contra Leite, por calúnia e difamação.
O que deveria ter sido esclarecido na primeira pergunta tomou boa parte do primeiro bloco, quando Leite lembrou de uma acusação de pedofilia feita pela equipe de Onyx, que desconsiderou a acusação. “Este é um ‘não assunto’. Eu defendo a família, minha esposa é uma mulher de verdade porque ela cuida das pessoas”, disse, ao lembrar que Leite virou as costas aos gaúchos ao renunciar. A acusação de renúncia foi repetida à exaustão pelo candidato do presidente Jair Bolsonaro no Estado.
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