Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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'Falar de mudança de hábito para quem precisa de tratamento para emagrecer é conversa para boi dormir', diz médico, por Mariana Rosário/O Globo

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Em entrevista ao GLOBO, o cirurgião Ricardo Cohen, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, fala das mudanças nas regras da cirurgia bariátrica. Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Oswaldo Cruz. Divulgação

 

 

Nesta semana, a Federação Internacional para a Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos determinou novas orientações para a intervenção cirúrgica, cuja função é reduzir o peso dos pacientes. Em resumo, sai de cena a necessidade de que pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35 tenham doenças relacionadas para chegar ao procedimento cirúrgico, conta Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Oswaldo Cruz, um dos coautores das novas indicações. Outra mudança diz respeito aos diabéticos, pacientes para os quais a cirurgia também será indicada, a partir do IMC no patamar 30 em diante.

Para além das mudanças internacionais, cujo escopo deve ser espelhado no Brasil, Cohen defende uma abordagem específica no consultório: exercícios e dieta são úteis para prevenção da obesidade e como tratamento paralelo à bariátrica ou uso de medicamentos para controle de peso. Trata-se de uma estratégia mais eficiente e que tira a culpa do paciente, ele diz. O médico recebeu a reportagem no GLOBO, no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, onde ele conversa com os candidatos à cirurgia sobre sua rotina, ansiedades e cuidados com o tratamento. Lá as poltronas de atendimento, o banheiro e a largura das portas foram ajustados para que todos possam se sentir confortáveis. “O paciente cansou de ser estigmatizado”.

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