Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Estratégia de Bolsonaro para se dissociar de Jefferson confunde aliados; PT vai explorar episódio, por Jussara Soares e Bruno Góes/O Globo

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Prisão de ex-deputado pela PF neste domingo desordenou atuação de bolsonarisas, que condenaram o ataque aos policiais e a decisão de Moraes. Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro em registro publicado por página do PTB Reprodução

 

 

A agressão violenta do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) a policiais federais no domingo motivou uma reação imediata da campanha de Jair Bolsonaro (PL). No momento em que o presidente tenta atrair o voto de indecisos com um discurso moderado, pedindo desculpas na TV por seus excessos, a ação extrema do aliado foi vista por pessoas próximas ao presidente como um fato com potencial de jogar o esforço por água abaixo. Para tentar minimizar o impacto negativo do episódio, o candidato à reeleição foi rápido ao tentar se dissociar do petebista, repudiando o ataque minutos após o ocorrido. Logo que a prisão foi confirmada, divulgou um vídeo em que o chama de “bandido”.

A expectativa de aliados era que a primeira postagem pudesse estancar a crise, mas não foi suficiente. Na publicação, apesar de repudiar o ataque, Bolsonaro também criticava inquérito aberto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autor da ordem de prisão. A repercussão negativa dos detalhes da ação, que deixou dois policiais feridos, pressionou Bolsonaro a condenar Jefferson de forma mais direta.

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