Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Feijão perde espaço no Rio Grande do Sul e no Brasil, por Claudio Medaglia/Jornal do Comércio

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A produtividade média nas lavouras de feijão do Estado deve ficar em 1,7 mil quilos por hectare EMATER/DIVULGAÇÃO/JC

 

 

A competitividade de culturas mais rentáveis e internacionalizadas vem fazendo encolher as áreas plantadas com feijão pelo País. Os riscos climáticos, a volatilidade do preço e a busca por cultivos com manejo mais mecanizado tem levado os agricultores a repensarem as lavouras para produção daquele que é a outra metade do mais tradicional prato brasileiro.

Série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra que nos últimos 45 anos a área plantada de feijão encolheu cerca de 35% e hoje é inferior a 3 milhões de hectares. Os ganhos de produtividade no período não chegaram a compensar a redução da área cultivada, e o volume de produção hoje é bem próximo do verificado naquela época.

Paralelamente, a área plantada de soja cresceu mais de 5 vezes, ultrapassando os 40 milhões de hectares. A de milho quase dobrou, e hoje ronda a casa dos 20 milhões de hectares.

Esse movimento é reproduzido também no Rio Grande do Sul. O Estado já chegou a semear 260 mil hectares com feijão na década de 1970. Mas nesta 1ª safra do atual ciclo, não ultrapassará os 30 mil hectares plantados.

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