Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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"Brasil contra Brasil", escreve revista francesa L'Obs sobre a eleição presidencial; da RFI

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O Brasil decidirá nas urnas neste domingo (30) quem será o novo presidente, ao final de uma campanha intensa. AP - Eraldo Peres

 

 

“Acusações de pedofilia, pacto com o diabo, mobilização do campo evangélico e de torcedores de futebol”. A revista francesa L’Obs descreve “o ambiente elétrico” no Brasil, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais deste domingo (30), com uma pequena diferença de intenções de voto entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A semanal acompanhou a participação do atual presidente em um debate no canal SBT, em que Lula esteve ausente, e Bolsonaro “exibia um ar confiante”, segundo o texto. Dias antes, o correspondente da revista francesa havia se encontrado com o candidato petista num evento com evangélicos, em um grande hotel de São Paulo. “Esse septuagenário (Lula fez 77 anos nesta quinta-feira, 27) exala energia e carisma incríveis”, aponta L”Obs. “Um rock star”.

A L’ Obs descreve um ambiente de acusações mútuas: “Lula é acusado por seu adversário de ter firmado um pacto com o diabo e com o PCC (Primeiro Comando da Capital), o maior grupo criminoso no Brasil. Bolsonaro é suspeito de tendências pedófilas, após comentários ambíguos sobre meninas venezuelanas” e mesmo de canibal, “após a descoberta de uma velha entrevista em que ele dizia que ‘comeria um indígena sem problemas’”. Para a revista, apenas uma prova do quão quente e violenta está a campanha eleitoral brasileira.

De acordo com a reportagem, “a corrente de fake news é tamanha que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode agora ordenar às plataformas de mídia a retirar conteúdos sem a demanda específica de um procurador ou de um requerente”, e já começou a fazê-lo, destaca a L’ Obs completando que Bolsonaro domina o ambiente digital no país.

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