Apesar do fim da corrida presidencial neste domingo, o jogo pelo poder no Congresso em Brasília está apenas começando. Com a definição do novo inquilino do Planalto, ganha fôlego a eleição pelo comando da Câmara e do Senado, prevista para fevereiro de 2023. A disputa pelo Salão Verde, aliás, pode acabar em uma queda de braço de pesos-pesados do Centrão: o deputado Arthur Lira, ladeado por Ciro Nogueira (PP), contra Valdemar Costa Neto, o chefão do PL.
É que o deputado marchou ao lado de Bolsonaro certo de que, quando chegasse a hora, teria como retribuição o endosso dos liberais à sua recondução à Presidência da Câmara. Logo após o partido de Valdemar emplacar a maior bancada da Casa, no entanto, ouviu de emissários dele que a aliança ainda não está fechada. O tempo fechou na capital.
A ambição de Valdemar guia-se por cálculos políticos. Formalmente, a justificativa é a de que, com 99 dos 513 deputados, o PL teria a prerrogativa de indicar o presidente da Câmara. A tese não se sustenta. Nos bastidores, diz-se que, experiente, o cacique antevê que a ala pragmática do partido pulará no barco de Lula, caso o ex-presidente vença as eleições.
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