O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, jurado de morte pela cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), fez um desabafo contra o uso político da transferência para o sistema penitenciário federal de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção, pela campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Seu alvo principal foi um vídeo publicado pelo senador eleito Sergio Moro (União-PR).
Há quase dez anos, Gakiya foi jurado de morte pela cúpula do PCC em razão de sua atuação no combate ao crime organizado. Já foram desvendados pela polícia três planos para assassiná-lo, com a prisão de pistoleiros e pessoas contratadas pelo PCC para preparar executar a ordem. Desde então, o promotor vive sob proteção policial. Na semana passada, drones usados pelo PCC foram flagrados observando a casa do promotor. Foi nesse contexto que ele decidiu reagir ao uso político do caso.
“Advirto que não sou petista, mas meu compromisso é com a verdade, independente de partidos políticos. Com todo respeito ao Sergio Moro, ele já se tornou político há muito tempo”, afirmou Gakiya. Ele afirmou que o primeiro presídio federal foi o de Catanduvas, inaugurado em 2006 no governo do PT que administrou o País de 2002 até 2016.
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