Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
img

Porto Alegre: Prefeitura inicia cooperação com banco de fomento alemão

Detalhes Notícia
De acordo com Melo, prioridade será solucionar problemas relacionados à drenagem. Mateus Raugust / PMPA

 

 

A entrega de uma carta de intenções a representantes do KfW Banco de Desenvolvimento simbolizou o início da cooperação entre a Prefeitura de Porto Alegre e a agência de fomento alemão. O ato ocorreu após reunião realizada no Salão Nobre do Paço Municipal nesta sexta-feira, 4, que contou com a participação do prefeito Sebastião Melo, secretários e diretores órgãos municipais.

A intenção da prefeitura é estabelecer tanto cooperação técnica quanto financeira com o KfW. Num primeiro momento, o agente financeiro analisará as principais demandas de Porto Alegre e oferecerá assessoria técnica para a elaboração de projetos. Após esse estágio, o executivo municipal pretende dar início à construção de uma carta-consulta a ser apresentada ao Tesouro Nacional, visando à contratação de uma operação de crédito.

A prioridade, segundo Melo, será solucionar problemas relacionados à drenagem. “O financiamento para essas obras é extremamente necessário. Mas também precisamos olhar pelo ponto de vista social e acolher as pessoas que estão nas áreas dos arroios e criar alternativas para que não voltem para estes locais. Com esta parceria, damos um grande passo para investir em áreas que precisam ser recuperadas”, frisou o prefeito.

O KfW atua em projetos relacionados a temas como mobilidade, cidades resilientes e desenvolvimento urbano. O banco presta apoio para implementação de projetos que comprovem sustentabilidade técnica, financeira e ambiental. Uma de suas vantagens estratégicas é a existência de subvenções para estudos e atividades complementares, o que permite às cidades ter acesso a especialistas de diversas áreas sem o desembolso de recursos. “Chegando a Porto Alegre é possível ver do avião como a cidade é cercada de água, o que nos faz compreender que drenagem é um tema de grande relevância. A partir de agora, daremos início a estudos para avaliar o que pode ser feito no município”, afirmou Saskia Berling, diretora do KfW no Brasil.

Para o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Urbano Schmit, o modelo de negócios do KfW representa uma grande oportunidade, pois a elaboração das operações de crédito conta com o apoio do banco ao longo de todo o processo. “Essa é mais uma articulação com potencial de sucesso que estamos apresentando. Porto Alegre precisa investir em drenagem e eles perceberam a importância disso para o desenvolvimento da cidade”, avaliou.

O diretor-presidente do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Alexandre Garcia, apresentou os dados do departamento e a importância de investir nas áreas de drenagem urbana, que hoje é a maior dificuldade de captação de recursos. “O Dmae tem investido de forma efetiva, mas necessita de um número maior de recursos para melhoria e ampliação do sistema, nas áreas em que hoje ainda há déficit de atendimento, como é o caso do Arroio Passo das Pedras, Arroio Santo Agostinho, Arroio Moinho, Arroio Cavalhada, Arroio Guabiroba e a ampliação das Estações de Bombeamento de Águas Pluviais”, explicou.

Neste sábado, 5, uma comitiva liderada pelo prefeito Sebastião Melo irá realizar uma visita técnica a locais que necessitam de investimentos. O grupo que representa o KfW irá conhecer as bacias do Passo das Pedras, do Arroio Dilúvio, do Arroio Guabiroba, o sistema de proteção contra cheias e a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Serraria. A intenção é levar os representantes do banco aos locais e detalhar quais são os investimentos projetados pela prefeitura em cada um deles.

KfW – Fundado em 1948, o KfW é um dos principais bancos de desenvolvimento do mundo. Sua atuação se destaca pelo comprometimento em melhorar as condições de vida econômicas, sociais e ambientais nos projetos que desenvolve e apoia. Em 2021, o total de ativos do KfW alcançou a marca de 551 Є bilhões e o volume para fomento no ano foi de 107 Є bilhões. Desse montante, 33% foram destinados à proteção climática e ambiental. Seus serviços de financiamento e promoção estão alinhados com a Agenda 2030 das Nações Unidas e contribuem para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).