Partidos de centro já se mostram dispostos a negociar a adesão ao futuro governo, de olho na possibilidade de manter o controle sobre órgãos que concentram 250 cargos e um orçamento total de R$ 94,7 bilhões em 2023. Boa parte dessas legendas integra a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro e foi agraciada com cadeiras importantes da máquina federal em troca do apoio que garantem nas votações no Congresso Nacional.
Mesmo as siglas do Centrão — PP, Republicanos e PL, ao qual Bolsonaro está filiado — não descartam abrir diálogo com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Siva, na tentativa de selar a permanência de seus indicados em braços do Executivo. Os três partidos formam um grupo conhecido pelo pragmatismo político e, embora hoje estejam com o atual titular do Palácio do Planalto, já integraram os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff. Publicamente, no entanto, líderes de PL e Republicanos têm indicado que não devem aderir ao futuro governo, ao menos no primeiro momento.
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