“Aqui na região é assim. Quando se chega na parte de alimentos, principalmente de doces, do mercado, é comum as pessoas olharem na embalagem a origem do produto. Se é daqui, tem prioridade. Porque é uma tradição nossa. Quase todas as famílias têm ou conhecem alguém que trabalha na fabricação de chocolates, balas, doces ou outros alimentos.”
Quem conta é a gerente de marketing da Divine, Verônica Dadalt. Há cinco anos ela trabalha na empresa fabricante de chocolates de Encantado, no Vale do Taquari. Faz parte dos pelo menos cinco mil trabalhadores entre as maiores indústrias doceiras da região que pode ser chamada de Vale do Doce – mais do que as populações de 60% dos municípios do Vale.
Somente entre 2021 e 2022, os setores de chocolates, balas, doces e confeitaria dos municípios de Lajeado, Encantado e Arroio do Meio exportaram mais de US$ 84 milhões, com uma alta acima de 22% nas exportações de um ano para o outro, mesmo sem considerar os números de dezembro.
Foi a tradição do conhecimento em produção de doces passado por gerações, em uma sinergia única entre imigrantes alemães, italianos e açorianos, e o espírito empreendedor – muitas vezes como única forma de sustento -, que transformou o cenário do Vale do Taquari a partir do final do século XIX.
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