Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A informação foi confirmada pela família do craque nas redes sociais. Jogador brasileiro emblemático das décadas de 1950 a 1970, ele foi aclamado como o “Rei do futebol”. Após a sua aposentadoria, a sua figura ultrapassou os limites do gramado e ele personificou para o mundo os clichês sobre o Brasil. Sua trajetória, marcada por polêmicas, não apagou a lenda brasileira “Pelé”, que tanto encantou o planeta.
Não é apenas o “Rei Pelé” que morreu nesta quinta-feira. Com ele morreu também Edson Arantes do Nascimento, mineiro, ambidestro, garoto tímido nascido das classes populares brasileiras no começo dos anos 1940. Recusado por vários times de futebol no começo de sua carreira no esporte, o jovem Pelé teve seu talento reconhecido por Waldemar de Brito, que o convocou a assumir seu papel na história do esporte mundial e do Santos Futebol Clube.
Nascido em 23 de outubro de 1940 em uma modesta casa em Três Corações, Pelé cresceu com um pai jogador de futebol. Com o Santos, time no qual ingressou aos 15 anos, foi onze vezes campeão do Brasil e arrematou duas Libertadores (1962,1963) e duas Copas Intercontinentais (1962,1963), torneios que deram origem ao Mundial de Clubes.
Jogador profissional precoce, Pelé fez seu primeiro gol oficial aos 15 anos durante um amistoso do “Peixe”, apelido dado ao time da Baixada Santista, contra o Corinthians de Santo André em 1956.
No ano seguinte, a seleção brasileira convoca aquele menino de jogo dinâmico e imprevisível. O Pelé entra em campo defendendo o Brasil pela primeira vez no dia 7 de julho de 1957, contra a seleção argentina.
Com atuações notáveis pelo Santos, Pelé conquistou o posto de artilheiro do Campeonato Paulista em 1957 e 1958, o que garantiu sua convocação para a Copa do Mundo de 1958 na Suécia.
Durante o Mundial de 1958, ele marcou nada menos que seis gols pela seleção canarinha, tornando-se, aos 17 anos e 8 meses, o mais jovem campeão mundial da história. Em 1962 e 1970, ele voltou a erguer o troféu de campeão da Copa do Mundo, consagrando-se como o único jogador na história do futebol a ser tricampeão mundial.
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