Porto Alegre, sexta, 22 de novembro de 2024
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Morre o Papa emérito Bento XVI, cuja renúncia catalisou mudanças na Igreja Católica, por Renato Grandelle e Ana Rosa Alves/O Globo

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Religioso vivia em monastério desde que deixou o comando da Santa Sé em 2013; conservador, foi ofuscado por escândalos de corrupção e abuso sexual na Igreja. Papa Bento XVI na sacada da Basílica de São Pedro após ser escolhido para comandar a Igreja Católica. Foto: Patrick Hertzog/AFP

 

 

O Papa emérito Bento XVI, que vivia praticamente em clausura desde que renunciou à liderança da Igreja Católica em 2013, morreu neste sábado aos 95 anos no convento onde vivia no Vaticano. Por décadas porta-voz do conservadorismo na Santa Sé, Bento tornou-se a primeira pessoa a abrir mão do Papado em quase seis séculos, admitindo não ter forças para lidar com os escândalos de corrupção e pedofilia em uma instituição cujos dogmas não raramente batem de frente com a modernidade.

Em 11 de fevereiro de 2013, Bento causou um terremoto na Igreja Católica quando disse que abandonaria o Pontificado após sete anos e meio por não se considerar mais apto para exercer o cargo. A inesperada renúncia e seu recolhimento ao mosteiro Mater Ecclesiae forçaram a comunidade religiosa a navegar por um mundo com dois Papas com estilos e visões diferentes sobre como a Igreja deve ser conduzida.

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