Há poucos dias, três homens foram vistos pescando com redes na Orla do Guaíba, entre os trechos 2 e 3, durante o dia. A cena destoava do que se costuma ver no local, pessoas passeando e praticando exercício. No entanto, o grupo de pescadores, que moram no bairro Belém Novo, zona Sul de Porto Alegre, começaram a atividade às 9h e terminaram por volta das 18h. Um deles, que não quis se identificar, disse que se deslocou até o local para aproveitar o baixo volume das águas do Guaíba, o que permite que adentrem mais o lago e possam manejar melhor as redes. “Estamos pescando tilápia, espécie criada em tanques, açudes. Com as águas baixas, muitos vieram para essa parte que se parece com seu ambiente”, disse. Pedreiro e sem trabalho, o homem disse que está pescando para sustento familiar. “Está muito difícil, hoje pegamos 15 quilos de peixe e vai nos manter por alguns dias”, afirmou. Esse relato também evidencia as consequências das mazelas sociais, como o desemprego.
Neste momento, a pesca não é permitida devido à piracema, fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes ao redor do mundo, considerada uma importante estratégia reprodutiva. A palavra piracema vem do tupi e significa “subida do peixe”, que remete a algumas espécies que nadam rio acima em busca de locais adequados para reprodução e alimentação.
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