A violência golpista na Praça dos Três Poderes no domingo (08/01) em Brasília despertou clamores por punição exemplar aos bolsonaristas envolvidos. O ataque visava abrir caminho para uma intervenção militar, conduta grave que poderá ser enquadrada pelo Judiciário como crime contra o Estado democrático de direito, com pena de até 12 anos de prisão.
Mas a força da lei não deverá suficiente para conter o extremismo de direita no país, hoje enraizado em setores da sociedade e além da figura do ex-presidente Jair Bolsonaro. Como a própria esquerda costuma reconhecer, a prisão não é solução eficaz para problemas complexos.
Nos últimos anos, diversos pesquisadores dedicaram-se a compreender o que motiva e como funciona a extrema direita brasileira, analisando, por exemplo, sua intersecção com redes sociais, a relação com a precarização do trabalho, seu efeito nas políticas públicas e as oportunidades existentes para diálogo.
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