Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Mercado de carbono ao alcance dos pequenos, por Patrícia Feiten/Correio do Povo

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A Cooperativa Mista de Santa Bárbara do Sul, na região de Cruz Alta, desenvolve desde 2021 projeto que auxilia agricultores de menor porte a elaborar seus inventários de emissões de gases de efeito estufa | Foto: Helissa Grundemann / Shutterstock / CP

 

 

Na cruzada contra o aquecimento global, a compensação de emissões de dióxido de carbono (CO2) deu destaque a um modelo de investimento que ajuda a preservar a natureza e promete renda extra a quem investe na agropecuária sustentável. Embora o mercado de créditos de carbono no Brasil ainda aguarde a regulamentação, o agronegócio gaúcho está atento às oportunidades abertas na modalidade voluntária desse segmento. Umas das iniciativas nessa direção é a Cooperativa Mista Santa Bárbara (Coomysa), localizada no município de Santa Bárbara do Sul. Criada em 2021, a associação busca reunir produtores com potencial para a oferta de ativos ambientais e ajudá-los a elaborar seus inventários de emissões – levantamentos que determinam as fontes de gases do efeito estufa nas propriedades rurais e a quantidade lançada na atmosfera.

Segundo o presidente da Coomysa, Paulo Roberto Bechert, o mote da cooperativa é possibilitar o acesso dos proprietários de terras de menor porte ao novo mercado, de forma que consigam chegar a um estoque de carbono suficiente para a negociação dos ativos em bolsa. “Em nossa região, como é relacionada à monocultura de soja, não existem muitas áreas verdes de uma única pessoa. A ideia foi unir diversos interessados, com pequenas ou grandes áreas, para ter um número significativo. A gente faz um inventário, identifica a quantidade que a pessoa tem de estoque de carbono disponível e coloca no mercado para as empresas ou quem quer buscar a neutralização das suas emissões”, explica Bechert.

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