Os prejuízos econômicos na atividade agropecuária do Rio Grande do Sul em decorrência da estiagem podem já estar na casa dos R$ 50 bilhões. O número foi estimado nesta terça-feira (31) pela Federação das Associações de Municípios do Estado (Famurs), após revisitar a situação dos 221 decretos de situação de emergência desde 1º de dezembro do ano passado. As Federações da Agricultura e Pecuária do Estado (Farsul) e das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS) preferiram não analisar a projeção.
Conforme o presidente da entidade, Paulinho Salerno, prefeito de Restinga Seca, a diferença em relação aos números divulgados nos últimos dias, 10 vezes menores, se justifica porque eles representavam os valores informados pelas prefeituras na data do decreto. A Famurs atualizou os dados de cada um dos 221 municípios que haviam acusado o problema até o meio-dia, e o prejuízo deu um salto gigantesco. Até o final da tarde, 223 prefeituras haviam declarado situação de emergência pela estiagem. Dessas, 205 tinham decreto vigente, 114 deles homologados pelo governo estadual e 86 reconhecidos pela União.
“O estrago, que se repete pelo terceiro ano-safra consecutivo, tem proporções diferentes em cada ponto do Estado, com maior ou menor dano nas lavouras e nos reservatórios de água. Mas nas regiões Central, Fronteira e Missões, é ainda mais grave. Há áreas em que a soja sequer irá brotar”, observa.
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