Ele afirmou que recebeu um convite de Bolsonaro, por intermédio do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), para uma reunião que teria ocorrido no dia 9 de dezembro. O senador não soube dizer exatamente o local do encontro, se era a ‘residência oficial, casa de lazer ou outra’.
Do Val declarou que apenas Bolsonaro e Daniel Silveira estavam presentes na reunião. Na versão do senador, o então deputado teria proposto uma ‘missão importantíssima’ que ‘entraria para a história’: que ele fizesse uma gravação clandestina do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ‘conduzisse a conversa’ na tentativa de induzi-lo a falar ‘algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição’. “Teria um carro com os equipamentos para fazer a captação do áudio e gravação”, detalhou o senador. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender o presidente do TSE.
Ele alega que alertou sobre a ilegalidade do grampo e que Daniel Silveira teria respondido que ‘daria um jeito para tornar a gravação legal’, sem especificar como. De acordo com o senador, Bolsonaro ficou calado durante toda a conversa, mas em nenhum momento ‘negou o plano ou mostrou contrariedade’. “A sensação era que o ex-presidente não sabia do assunto e que Daniel Silveira buscava obter o consentimento”, narrou.
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