A gerente de banco Olívia Polo, mãe do Benjamin, que irá cursar a 5ª série do ensino Fundamental em 2023, ainda não fez as compras de material escolar para o ano letivo que se inicia em março. “Estou segurando um pouco, as coisas estão caras e temos várias obrigações no início do ano”, contou. O comportamento dela é comum a outros consumidores e pode ser uma das justificativas para os resultados de uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (3), pelo Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas). De acordo com a entidade, para 51% dos lojistas, a procura por materiais escolares ainda está baixa nos estabelecimentos. Os preços também aumentaram cerca de 19% em relação ao mesmo período em 2022. Apesar disso, o aumento é menor do que em 2022, quando os preços subiram 24% em relação a 2021.
Os maiores reajustes aconteceram na venda de mochilas (40%), pastas plásticas (30%) e cadernos (23%). O levantamento apontou, ainda, que o movimento é considerado médio para 33% dos comerciantes e outros 16% consideram o movimento alto para época do ano. Estes resultados se refletem nas vendas. Cerca de 42% dos entrevistados disseram que as vendas estão semelhantes ao mesmo período de 2022. Para 25,5% houve uma queda, e 11,7% afirmam estarem vendendo mais agora em 2023.
O lojista João Novakowsky, dono da papelaria Aquarella Paper, com unidades no Park Shopping Canoas, Shopping Total e no bairro Estância Velha, notou essa queda no movimento em duas de suas lojas e aumento em apenas uma delas. “Na loja de Canoas, estou com um bom movimento, até por estar localizada em um bairro de pessoas com maior poder aquisitivo. Já nas lojas de Porto Alegre, as vendas estão baixas”, explicou.
Leia mais no Jornal do Comércio