Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Como nostalgia do 'mundo de ontem' e medo viraram arma para radicalizar brasileiros mais velhos, por Paula Adamo Idoeta e Luís Barrucho/BBC Brasil

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Mulher durante atos em Brasília, em 8 de janeiro; insegurança, nostalgia e percepção de ameaça a valores tradicionais, junto a suscetibilidade à desinformação, colocam pessoas mais velhas sob risco do populismo e extremismo de direita. CRÉDITO,REUTERS

 

 

“Você é patriota ou ‘jornazista’?”, pergunta dona Heloísa (nome fictício), de 67 anos, antes de aceitar conceder uma entrevista à BBC News Brasil.

Avessa aos meios de comunicação tradicionais, ela se informa apenas pelo WhatsApp. Foi no aplicativo de mensagens que ela recebeu a convocação para participar, ativamente, dos atos antidemocráticos em Brasília em 8 de janeiro.

“Não assisto à TV desde 2015. Naquele ano, eu me politizei ao descobrir o Brasil Paralelo [canal bolsonarista desmonetizado por ordem do Supremo Tribunal Federal] e o Olavo de Carvalho [ensaísta e influenciador digital de direita, morto em janeiro de 2022]”, diz dona Heloísa.

Embora não tenha entrado no Congresso Nacional, ela esteve entre o grupo que subiu na rampa e na parte elevada do edifício legislativo. Acabou detida no dia seguinte, quando a polícia desbaratou os acampamentos bolsonaristas diante de quartéis. Foi fichada e liberada após 12 horas, conta.

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