Porto Alegre, sábado, 21 de setembro de 2024
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Lula insiste na narrativa do ‘nós contra eles’ e diz que atos golpistas foram ‘revolta dos ricos’, por Denise Luna, Gabriel Vasconcelos , Rayanderson Guerra e Vinicius Neder/O Estado de São Paulo

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Em posse de Mercadante no BNDES, petista diz que ‘povo pobre pode cansar de ser pobre’ e ‘fazer coisas mudarem’. Mercadante, Lula e Alckmin durante cerimônia no BNDES, no Rio Foto: Mauro Pimentel/AFP

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu a narrativa do “nós contra eles” adotada ao longo de governos petistas e afirmou, na manhã desta segunda-feira, 6, no Rio, que os atos golpistas que resultaram na depredação da sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, foram “uma revolta dos ricos que perderam as eleições”. A declaração ocorreu durante a posse de Aloizio Mercadante como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“A gente não sabe até quando a gente vai segurar…”, afirmou o presidente. “Porque o que aconteceu no Palácio do Planalto, no Palácio da Alvorada (sic), na Suprema Corte e no tribunal (sic) foi uma revolta dos ricos que perderam as eleições”, disse Lula. Apesar de o petista citar o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, o prédio não foi invadido. Os ataques atingiram em especial a sede do STF, o Palácio do Planalto (sede administrativa do Executivo federal) e o Congresso (incluindo a Câmara e o Senado).

O pronunciamento do presidente, quase um mês após o ataque aos palácios em Brasília, marca o reforço de um discurso adotado nos 13 anos do PT no governo federal. Ao longo de 20 anos, a polarização estimulada pelo petista foi marcada por críticas ao PSDB, à administração de Michel Temer (MDB), que assumiu após o impeachment de Dilma Rousseff, e ao governo Jair Bolsonaro.

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