Porto Alegre, segunda, 11 de novembro de 2024
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Embrapa lança plataforma de monitoramento de plantas daninhas resistentes, por Camila Pessôa/Correio do Povo

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Estudo começou em 2017 e busca encontrar mecanismos contra esse problema. Mapa começou a ser elaborado em 2017 e indicou resistência em todo o país | Foto: Embrapa / Reprodução

 

 

A Embrapa lançou uma plataforma com um panorama da resistência de plantas daninhas a herbicidas. O mapa mostra resultados de um estudo que teve início em 2017 e que tem como objetivo não só mapear, mas também ajudar a mitigar esse problema no Brasil. No Rio Grande do Sul, o estudo está sendo feito em três áreas: Capão do Leão; Pelotas, com a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL); e Passo Fundo, na Embrapa Trigo, e já conseguiu resultados em diminuir a ocorrência de plantas daninhas com resistência, em especial nas áreas em que a rotação de culturas foi utilizada como método, de acordo com o pesquisador da Embrapa Clima Temperado André Andres.

Porém, de acordo com ele, um ponto que ainda precisa melhorar é o monitoramento dessas plantas. “E isso começa com o produtor, porque nós não conseguimos chegar a todos os produtores, o produtor já sabe as plantas que têm resistência, ele precisa estar alerta e identificar que, quando começa a ter resistência, alguma coisa deu errado”, comenta. Ele explica que, numa planta resistente ao agrotóxico, mesmo a aplicação de uma dose de seis a oito vezes maior que a recomendada não adianta para acabar com o problema. “Nas plantas resistentes às vezes você aplica 10 vezes a dose ideal e não resolve, a planta resistente é resistente, é preciso mudar a estratégia”, enfatiza. Entre as plantas resistentes no Estado estão o azevém, nas culturas de soja; a buva, com resistência mais desenvolvida por produzir muitas sementes; e, no verão, o leiteiro e o picão preto, além do arroz daninho nos arrozais, do caruru e do curumim, que chegou nos últimos quatro anos no Estado, com suspeita de origem na Argentina.

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