Porto Alegre, domingo, 22 de setembro de 2024
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Em tom de campanha, Lula reedita tática da 'herança maldita' e cita Bolsonaro uma vez a cada dois dias, por Marlen Couto e Luã Marinatto/O Globo

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O presidente também costuma lembrar realizações de suas gestões passadas e o impeachment de Dilma Rousseff, que é tratado como golpe. Lula discursa durante cerimônia de posse de Aloizio Mercadante no BNDES. Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

 

 

Enquanto enfrenta sucessivas crises desde que tomou posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma retórica de campanha eleitoral, em um movimento que se intensificou após os atos golpistas de 8 de janeiro. Um termômetro dessa estratégia são as constantes menções ao antecessor, Jair Bolsonaro, e a reedição da ideia de “herança maldita”, expressão usada em 2003 para se referir ao legado do governo Fernando Henrique. Um levantamento do GLOBO em discursos, pronunciamentos, entrevistas e publicações nas redes sociais mostra que, desde a posse, o petista fez referências diretas ao adversário na campanha do ano passado em pelo menos 20 ocasiões. É como se Lula voltasse a artilharia contra Bolsonaro uma vez a cada dois dias, em média, num ritmo que acelerou após as cenas de vandalismo em Brasília.

O presidente também costuma lembrar realizações de suas gestões passadas e o impeachment de Dilma Rousseff, que é tratado como golpe. Recentemente, Lula passou ainda a escalar as críticas ao Banco Central (BC), instituição comandada por Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro, e cuja autonomia foi aprovada pelo Congresso em 2021.

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