Porto Alegre, domingo, 22 de setembro de 2024
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A nova atualidade de Pedro Weingärtner, 170 anos depois de seu nascimento, por Iuri Müller/Jornal do Comércio

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Pintor de paisagens ligadas ao imaginário gaúcho, como no quadro 'Remorso 2', Pedro Weingärtner ainda tem aspectos a serem redescobertos ACERVO MARGS/REPRODUÇÃO/JC

 

 

Nascido em 1853, em Porto Alegre, e dono de uma vasta obra que levou adiante entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do XX, o pintor Pedro Weingärtner, morto em 1929, não deixa de ser redescoberto. Weingärtner pintou entre o final do Império e o começo da República, entre o Rio Grande do Sul e as principais cidades europeias, entre a valorização da arte acadêmica e a contestação dos primeiros modernistas. Viveu e trabalhou sob um Brasil e um mundo que atravessavam intensas e abruptas transformações e deixou dezenas de quadros, gravuras e desenhos que, hoje, ocupam lugar de destaque nos mais importantes museus de arte brasileiros e movimentam as galerias particulares. Resta, no entanto, ainda muito por saber sobre Weingärtner, sobre as especificidades da sua arte e sobre algumas das vicissitudes e motivações da sua vida privada.

Filho de imigrantes alemães radicados no Rio Grande do Sul, Weingärtner deixou o Estado ainda jovem, aos 25 anos de idade, impulsionado pelo aperfeiçoamento artístico ao mesmo tempo em que se via angustiado por dificuldades financeiras, principalmente após a morte do pai. Antes da partida, havia trabalhado junto ao comércio e em uma litografia, que levava o sobrenome da família, ao lado dos irmãos. É apenas com o auxílio econômico de amigos e conhecidos que pode embarcar – primeiramente com destino à Alemanha – para a que seria uma longuíssima temporada europeia. Buscar os grandes centros europeus, nos anos de 1870 e 1880, era quase como uma exigência para que um artista nascido no Sul do Brasil conseguisse tornar possível o exercício do trabalho artístico.

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