Em meio a pressões do governo contra o nível da taxa básica de juros do país, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta sexta-feira (10) que a pasta comandada por Fernando Haddad não pautou discussão sobre uma mudança nas metas para a inflação em seus órgãos técnicos, mas sugeriu que o debate é válido em meio à inflação global elevada.
Em evento promovido pela Bradesco Asset Management, Mello afirmou que essa pauta estava prevista para junho deste ano —quando o Conselho Monetário Nacional definiria a meta para 2026—, mas disse ter tomado conhecimento pela imprensa de que o Banco Central teria a intenção de antecipar essa discussão.
“É um debate que está acontecendo não só no Brasil, é um debate global, no sentido de que os choques inflacionários desde o momento da Covid, passando pela guerra na Ucrânia e até o momento atual têm se mostrado persistentes, isso tem apresentado um desafio para as autoridades monetárias”, disse.
Ressaltando que tudo indica que 2023 deve ser o terceiro ano seguido de descumprimento da meta de inflação no Brasil, Mello disse que os fatos levantam um debate sobre a adequação da meta, o melhor instrumento e o prazo de convergência da inflação.
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