As denúncias, investigações e confissões de atletas da Série B de manipulação de resultados para se dar bem em apostas esportivas, feitas por todo o Brasil nesses sites estrangeiros, colocam em xeque as modalidades esportivas no País, principalmente o futebol, mas não somente. O caso foi deflagrado pelo Ministério Público de Goiás nesta semana, após pedido de um clube, o Vila Nova, que desconfiava de seus próprios atletas. O assunto requer providências de todas as partes envolvidas no esporte, do atleta ao site, dos clubes e federações ao governo do presidente Lula, dos dirigentes às polícias e ao legislativo e executivo. O assunto é grave e mexe com 160 milhões de pessoas, todos aqueles acima dos 18 anos no Brasil e com condições de fazer uma fezinha.
O Brasil é um país dos apostadores, nessa vã esperança de ganhar dinheiro fácil pelas loterias. Os sites de apostas se espalharam pela internet e estão acessíveis a todos que acreditam ser esse o menor caminho para melhorar de vida. Num passado remoto esses sites movimentavam no Brasil R$ 2 bilhões. Em 2020, esse valor saltou para R$ 7 bilhões. A expectativa é que chegue a R$ 23 bilhões neste ano. Tudo sem nenhuma taxação de impostos. Relatórios de empresas que se debruçam sobre o assunto, como a Grand View Research, o mercado de apostas mundial pode bater na casa dos US$ 63 bilhões, podendo triplicar esse valor até 2030.
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