O início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva revela uma relação ainda estremecida do presidente com a comunidade evangélica. Segundo resultados de pesquisa Genial/Quaest obtidos com exclusividade pelo GLOBO, 30% dos que se declaram desse segmento avaliam o governo como negativo até aqui — praticamente o dobro da taxa registrada entre os católicos (16%). Também é duas vezes superior ao índice de reprovação do governo entre aqueles que dizem não seguir religião alguma (15%).
A resistência do grupo evangélico foi uma das grandes preocupações de Lula durante a campanha de 2022. Diante da preferência da comunidade pelo candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, o petista fez panfletos com mensagens direcionadas aos fiéis, participou de comício com pastores — ainda que inicialmente tenha sido refratário à ideia —, disse que não chegaria onde chegou “se não fosse a mão de Deus” e prometeu respeitar a liberdade religiosa.
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