Porto Alegre, segunda, 23 de setembro de 2024
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Governadores que apoiaram Bolsonaro se equilibram entre moderação e acenos à direita radical, por Gustavo Schimitt, Guilherme Caetano e Jan Niklas/O Globo

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Enquanto Tarcísio de Freitas, Cláudio Castro e Ratinho Jr. operam para ampliar o diálogo com o presidente Lula sem romper com o bolsonarismo; Jorginho Melo e Antonio Denarium se aproximam de pautas ultraconservadoras. O presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas Ricardo Stuckert/ Presidência

 

 

Em busca de protagonismo no campo da direita, governadores que pediram votos para o ex-presidente Jair Bolsonaro têm se equilibrado sobre condições quase inconciliáveis: aliam a busca por um tom moderado com acenos à extrema-direita em suas gestões.

Enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ) e Ratinho Jr. (PSD-PR) operam para ampliar o diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem romper com o bolsonarismo, Jorginho Melo (PL-SC) e Antonio Denarium (PP-RR) se aproximam de pautas da base ultraconservadora — e veem aliados flertarem, respectivamente, com o golpismo e o garimpo. Já Romeu Zema (Novo-MG) resgatou o antipetismo de sua eleição em 2018.

O que une os políticos desse campo é a defesa de uma agenda liberal na economia, que enfrenta resistência da gestão Lula. Tarcísio, Castro e Ratinho, por exemplo, articulam com o governo federal, nesta ordem, concessões no Porto de Santos, no aeroporto internacional Tom Jobim e no modelo dos pedágios do Paraná. Aliados admitem, portanto, que a dependência de verbas federais impõe dificuldades a uma oposição mais contundente.

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