Porto Alegre, segunda, 23 de setembro de 2024
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Não queremos enxugar gelo, mas evitar que ele exista, diz Manuela d'Ávila, sobre discurso de ódio, por Mauren Xavier/Correio do Povo

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Ex-deputada gaúcha estará à frente de grupo de trabalho do governo federal que discutirá educação para os direitos humanos. Ex-deputada Manuela d'Ávila (PCdoB) | Foto: Evaristo Sá / AFP / CP

 

 

À frente de um grupo de trabalho pioneiro no âmbito do governo federal que busca combater o discurso de ódio, a ex-deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) acredita que é possível fazer uma mudança cultural e que passa por uma educação dos direitos humanos. Segundo ela, o assunto tem recebido mais atenção por parte da sociedade nos últimos anos e que, ao contrário da discussão sobre plataformas, o grupo concentrará atenção em um debate mais amplo. “Como nós podemos ter uma sociedade que, independente das plataformas, do algoritmo, seja uma sociedade que construa uma cultura de paz, uma cultura democrática e cidadã”, destaca.

Exatamente por isso o grupo estará vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e, como todos são voluntários, a previsão é que os debates ocorram de forma virtual. O primeiro encontro do grupo formado por cerca de 20 pessoas será no dia 6 de março. Segundo Manuela, a expectativa é concluir antes do prazo de 180 dias as atividades, que resultarão em propostas. Ela recorda que algumas países já realizaram esse debate, como a Alemanha e a Finlândia. “É preciso um pacto social para fazer o enfrentamento ao discurso de ódio”, ressalta, complementando que não trata-se de “enxugar o gelo”, mas de evitar que ele se forme.

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