O IBGE divulgou nesta quinta-feira (2/3) o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2022. O resultado foi um crescimento de 2,9%. Conforme o economista-Chefe da Farsul, Antônio da Luz, o resultado veio em linha com as expectativas da Federação e, também, apontam para o cenário central para 2024, que é de desaceleração. “Para 2023 a tônica de desaceleração já está desenhada, uma vez que o 4º trimestre do ano passado fechou com retração de 0,2%”, comentou.
Luz destaca que o agronegócio não colaborou com o resultado do último ano por ter fechado em queda de 1,7% em resultado das estiagens em parte do Brasil e que também afetou concorrentes como EUA, Europa e Argentina. “O crescimento foi puxado pelo consumo das famílias e, consequentemente, o setor de Serviços foi o principal responsável pelo resultado, fruto dos estímulos governamentais, tanto no primeiro, como no segundo semestre, como Auxílio Brasil, saque extraordinário do FGTS, antecipação de 13° para aposentados, dentre outros”, explicou o economista que também destacou o forte crescimento de 18,8% nos investimentos no último ano.
Ele informa que a Farsul mantém a projeção de crescimento de 0,76% para 2023. “Será um ano bastante desafiador para combate da inflação, com política fiscal contraproducente ao esforço monetário, desaceleração nos investimentos e a taxa Selic está mais para subir do que para cair, sob a luz da desancoragem das expectativas inflacionárias tanto para 2023 quanto 2024”, ressaltou e concluiu “Apesar da estiagem no Sul, o PIB Agropecuário será vital para o crescimento do Brasil neste ano”, afirmou.
