Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Bispos anunciam medidas em resposta aos casos de abusos sexuais de crianças na Igreja Católica em Portugal; da RFI

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O anúncio veio 18 dias após a divulgação do relatório da Comissão Independente que investigou os abusos. De acordo com o documento, das 564 denúncias recebidas, 512 foram confirmadas, mas a comissão alertou que o número deve ser entendido como a “ponta do iceberg”, e que poderá haver quase 5 mil vítimas de abusos sexuais desde 1950. Das 564 denúncias de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica em Portugal, 512 foram confirmadas. REUTERS - PEDRO NUNES

 

 

Nesta sexta-feira (03), os bispos se reuniram em Fátima, em assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Logo no início do evento, integrantes da Comissão Independente entregaram a lista dos padres suspeitos de terem abusado de crianças e que continuam exercendo atividades religiosas. O pedopsiquiatra Pedro Strecht, que liderou a comissão, disse aos jornalistas que, agora, espera que “o futuro seja melhor que o passado”.

Ao final da tarde, as medidas foram anunciadas. A primeira delas é que a lista com os nomes dos supostos agressores, por exemplo, “terá o devido seguimento por parte dos bispos diocesanos e superiores maiores, segundo as normas canônicas e civis em vigor”.

De acordo com o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas, a Igreja garantirá acompanhamento “espiritual, psicológico e psiquiátrico” às vítimas que desejarem. Também será criada uma nova comissão independente nos mesmo moldes da primeira e haverá tolerância zero para com “todos os abusadores e para com aqueles que, de alguma forma, ocultaram os abusos praticados dentro da Igreja Católica”.

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