Porto Alegre, terça, 24 de setembro de 2024
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Com representação feminina baixa, "machocentrismo" dá as cartas no Congresso, por Kelly Hekally/Correio Braziliense

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Na Câmara e no Senado, a representação feminina é baixa e as mulheres também estão longe dos principais postos de comando (crédito: Pablo Valadares/Agência Câmara)

 

 

O Brasil já teve uma presidenta da República e três mulheres no comando do Supremo Tribunal Federal, porém, parece longe o dia em que uma senadora ou uma deputada federal estará à frente das duas Casas do Congresso. Isso porque os núcleos de decisão do Poder Legislativo continuam não apenas nas mãos dos homens, como, sobretudo, de herdeiros masculinos de clãs políticos.

Levantamento da União Inter-Parlamentar (UIP), divulgado na sexta-feira, aponta que as eleições de 2022 colocaram um número recorde de mulheres nos Congresso, nas assembleias estaduais e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ainda assim, a representação parlamentar feminina é inferior à média mundial — 26,5% dos assentos estão sendo ocupados por mulheres. Ainda segundo o estudo, a taxa brasileira de participação das mulheres na Câmara e no Senado está próxima de índices registradas na Europa há quase três décadas.

As mesas diretoras da Câmara e do Senado possuem perfis semelhantes nas atuais composições. No caso dos deputados, Maria do Rosário (PT-RS) tem assento no órgão que cuida da administração da Casa — ocupa a segunda secretaria. Entre as senadoras essa situação é mais grave, pois os sete postos da mesa são ocupados por homens. Parlamentares mulheres até presidem sessões, mas apenas quando os presidentes Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara e do Senado, respectivamente, estão ausentes ou vão à tribuna discursar.

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