Uma viagem para Londres orçada em R$ 60 mil. Uma ida para Lyon que custou R$ 49 mil. Outra visita a Paris por R$ 62 mil. As viagens, de classe executiva, foram pagas com dinheiro público. Os cinco diretores da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), todos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, fizeram 25 viagens internacionais em pouco mais de um ano. O total gasto com a volta ao mundo foi de R$ 878.259,13.
Pelo menos 20 viagens foram feitas em caráter de urgência, que ocorre quando a data de solicitação de concessão de diária e passagem é inferior a 15 dias de sua ocorrência. A lei prevê que a recorrência de pedidos de urgência “poderá gerar consideração de “ato antieconômico” e, por decorrência, a responsabilização” da autoridade solicitante.
Os valores gastos nas viagens indicam que os diretores priorizaram passagens de classe executiva nas idas para o exterior. A opção foi explicitada na última viagem de dois diretores para Londres. Um documento interno do dia 19 de janeiro mostra que o diretor Filipe de Mello Sampaio Cunha teve a ida para a capital britânica orçada em R$ 60.063,01. O diretor Vitor Eduardo de Almeida Saback, que o acompanhou na viagem, gastou uma quantia estimada em R$ 57.831,17. Os valores incluem passagens de classe executiva e as 15 diárias que eles receberam.
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