Mesmo com a colheita em andamento no Rio Grande do Sul e com o ingresso do arroz importado do Paraguai e do Uruguai nos dois primeiros meses do ano, segundo o consultor Evandro Oliveira, da Safras & Mercado, o ano deve ser de “preços firmes” ao grão. “Em plena entrada de safra, os preços estão com poucas alterações. A oferta é tão apertada que nem a entrada de safra desses países é suficiente para derrubar as cotações”, afirma Oliveira. Atualmente, a saca de 50 quilos está em R$ 85, de acordo com o Indicador Cepea/Irga-RS. “Então, neste ano, temos grande chance de a média dos preços no Rio Grande do Sul ultrapassar R$ 100”, afirma o consultor.
A temporada começa com estoques apertados, estimados entre 800 mil e 900 mil toneladas, explica Oliveira. Ele observa também que houve redução da área plantada com o cereal no Estado e que a estiagem trouxe prejuízo a parte das lavouras, impactando as projeções de safra. De acordo com as estimativas da Safras & Mercado, a produção brasileira de arroz no ciclo 2022/2023 deve ficar em 10,3 milhões de toneladas – a Conab prospecta uma colheita menor, de 9,9 milhões de toneladas. Para as exportações, a consultoria estima 1,55 milhão de toneladas embarcadas.
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