Porto Alegre, quarta, 25 de setembro de 2024
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Ministra do Tribunal Superior do Trabalho defende arbitragem para resoluções de conflitos. Maria Cristina Peduzzi participou de evento na FIERGS

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Ministra Maria Cristina Peduzzi. Foto: Dudu Leal

 

 

Desde 2006, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) criou o Movimento pela Conciliação, a solução de conflitos por meio de acordos aumentou na Justiça brasileira, na qual a trabalhista se insere, com um “modelo de resolução de controvérsias mais plural e democrático”, enfatiza a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi. “Os métodos alternativos de resolução de conflitos são cada vez mais frequentes e institucionalizados em programas do Conselho Nacional de Justiça. A arbitragem está prevista na CLT com alguns consonantes, mas é muito pouco utilizada, temos cada vez mais que estimular essas formas de resolver conflitos, promovendo celeridade”, disse, em entrevista à imprensa.

Maria Cristina participou, nesta sexta-feira (17), do evento Novos Desafios da Solução de Conflitos na Justiça do Trabalho, realizado pela FIERGS, por meio do Conselho de Relações do Trabalho (Contrab), em sua sede, juntamente com a Academia Brasileira de Direito do Trabalho (ABDT), o programa de pós-graduação em Direito da UFRGS e a Academia Sul-Rio-grandense de Direito do Trabalho (ASRDT). O evento fez parte do 30º Colóquio da ABDT. A ministra apresentou a palestra Resolução de Conflitos: Meios Alternativo e a Justiça do Trabalho.

Para o diretor do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (CIERGS) e coordenador do Contrab, Guilherme Scozziero, mediador do evento juntamente com a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) Luciane Cardoso Barzotto, “diante de um sistema inacessível, formalista e centralizador, vemos na conciliação uma salvação para a justiça do Brasil, que está sobrecarregada de processos e que, neste contexto, não suportaria por muito tempo tamanha demanda”.

Já o presidente da ABDT, Luiz Carlos Amorim Robortella, tratou do tema Novas Ideias para a Solução de Conflitos. Ativismo Judicial, Processo e Democracia. Robortella criticou o que define como “ativismo judicial subversivo”, e o arbítrio judicial que revoga direitos a partir de interpretações do juiz. Ele também defendeu que os tribunais contribuam criando procedimentos racionais e flexíveis, desestimulando o conflito.

O advogado Benôni Rossi tratou das Restrições Negociais nas Ferramentas de Solução de Conflitos.

POSSE – Ao final do evento, a desembargadora Luciane Barzotto tomou posse na cadeira 98 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, entidade com cem membros efetivos em diversos estados brasileiros.