Porto Alegre, quarta, 25 de setembro de 2024
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‘Falamos com países como Nicarágua, mas sem deixar de denunciar violações’, diz chefe da missão brasileira na ONU, por Eliane Oliveira/O Globo

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De acordo com Tovar da Silva Nunes, Brasil não deve condenar ditaduras, mas apontar crimes contra os direitos humanos nessas nações. Tovar da Silva Nunes, chefe da missão brasileira na ONU em Genebra Divulgação

 

 

Ex-embaixador na Índia e na Rússia e com larga experiência em negociações ao longo de sua carreira diplomática, Tovar da Silva Nunes, chefe da missão brasileira na ONU em Genebra (sede de órgãos como o Conselho de Segurança e a Organização Mundial da Saúde), afirma que o Brasil não deve condenar governos como Nicarágua, Venezuela, Irã e outras ditaduras, e sim denunciar crimes contra os direitos humanos nesses países.

— Queremos que esses países se sintam amparados e encorajados a atuar para resolver essas violações. Se fizermos o contrário, as chances de mudanças nesse estado de violações alegadas são muito baixas ou zero — disse o diplomata ao GLOBO.

Perguntado sobre como via a troca do governo Bolsonaro pelo de Lula, o embaixador, que assumiu a função em setembro de 2021, enfatizou que os diplomatas não são representantes de um governo, e sim de um Estado. Explicou que há uma plataforma de ênfases que são usadas de acordo com o governo eleito, hoje focadas na proteção de todos direitos humanos, incluindo povos indígenas, LGBT+ e aos direitos reprodutivos nas opções da mulher.

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