Fundador do diário L’Humanité, em 1904, o socialista francês Jean Jaurés, um professor de filosofia de origem burguesa, foi dos mais eloquentes oradores de sua geração. Reformista, combatia os ortodoxos do partido socialista e defendia a reconciliação entre franceses e alemães, o que lhe valeu o ódio dos “revanchards” (revanchistas), que queriam um ajuste de contas com a Alemanha por causa da derrota na guerra franco-alemã de 1870. Por isso, era chamado de traidor.
Em 31 de julho de 1914, Jaurès foi morto por Raoul Villain, um chauvinista radical e desequilibrado, que o atingiu com um tiro de revólver quando estava sentado numa mesa do Café du Croissant, em Montmartre, Paris. Seu assassino gritava que o então deputado socialista se opunha à mobilização geral e à guerra iminente contra a Alemanha. Dois dias depois, a Primeira Guerra Mundial começou. No mês seguinte, os socialistas Jules Guesde e Marcel Sembat ingressaram no governo de União Sagrada para ajudar a conduzir a guerra contra a Alemanha. Seu assassino foi julgado e absolvido.
Leia mais no Correio Braziliense