Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) manobrou para garantir à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais uma cadeira reservada ao Senado na CPMI dos Ataques Golpistas e evitar que o posto coubesse a um opositor. Para isso, Randolfe retirou o seu partido do Bloco Democracia, que contava com o PSDB, Podemos, MDB, União e PDT, e passou para o Bloco Resistência Democrática, que inclui o PT, PSB e PSD.
A manobra não repercutiu bem entre os opositores do governo. Ao GLOBO, Randolfe confirmou que a mudança de bloco no Senado teve o objetivo de fortalecer o governo na CPMI dos Ataques Golpistas. Antes da saída de Randolfe do bloco, o governo temia que as cadeiras reservada ao antigo bloco do senador fossem absorvidas por nomes de oposição e de centro.
Com a nova composição partidária, tanto o Bloco Democracia quanto o Resistência Democrática garantem, cada um, seis vagas na CPI dos atos do dia 8 de janeiro. Esse dois grupos compõe a base do governo no Senado. Os demais partidos terão direito, somados, a quatro cadeiras: duas delas ficarão com o blocos Aliança (PP e Republicanos) e outras duas com o Vanguarda (PL e Novo).
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