Porto Alegre, segunda, 30 de setembro de 2024
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Porteiro é solto após ser alvo de 62 processos baseados em reconhecimento fotográfico, por Italo Nogueira/Folha de São Paulo

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O porteiro Paulo Alberto da Silva Costa, 37, ao deixar o Complexo Penitenciário de Gericinó na sexta (12) após três anos preso por reconhecimento fotográfico. - Reprodução/TV Globo

 

 

“Como ser confundido em mais de 60 anotações criminais?”, perguntou o juiz ao porteiro Paulo Alberto da Silva Costa na primeira audiência de que participaria após mais de nove meses preso.

“É difícil, mas eu nunca roubei ninguém”, respondeu o acusado na audiência de dezembro de 2020.

Foram necessários mais de três anos desde a prisão de Paulo para que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) apontasse o erro na pergunta do magistrado de primeira instância.

“A afirmação do ofendido [vítima] que identifica agente do crime não é prova cabal. Do contrário, a função dos órgãos de estado seria relegada a segundo plano, a mero homologador da acusação”, afirmou a ministra Laurita Vaz.

Paulo foi solto na noite de sexta-feira (12) por determinação do STJ após ser acusado em 62 ações penais, sendo 59 por roubo, e as demais por homicídio, latrocínio e receptação. Os ministros reconheceram que todas as acusações foram baseadas exclusivamente em reconhecimento fotográfico.

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