Porto Alegre, segunda, 30 de setembro de 2024
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Análise: Oposição aposta na desagregação da gestão petista, por Luiz Carlos Azedo/Correio Braziliense

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O intervencionismo do governo Lula na economia provoca um realinhamento de forças políticas na sociedade, que já se reflete no Congresso e fortalece os bolsonaristas (crédito: Caio Gomez)

 

 

Por várias razões, entre as quais a vitória apertada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a campanha eleitoral de 2026, que normalmente começaria após as eleições de 2024, está sendo antecipada, às vezes pelo próprio estilo palanqueiro do presidente da República. A disputa pelas bandeiras da democracia, da ética e do moderno está instalada no cenário político. Em torno delas se decidirá o destino do país. Lula da Silva, com suas diatribes, ajuda um precoce realinhamento de forças políticas que o apoiaram no segundo turno e já se descolaram ou começam a se afastar do seu governo.

Além disso, também existe vida inteligente no campo da oposição ligada ao presidente Jair Bolsonaro, que já se movimenta para aprofundar essas fissuras na base política e social do governo. Na sexta-feira, isso ficou claro durante a gravação de conversa como o ex-ministro e senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, na Confraria do Brito (um grupo de jornalistas que se reúne semanalmente, criado pelo falecido Orlando Brito, craque do fotojornalismo político), para o Canal MyNews (YouTube).

A conversa será exibida hoje, às 19h30. Marinho, que disputara o comando da Casa com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi assertivo, elegante, hábil e, digamos, “politicamente correto”: defendeu as bandeiras da democracia, da ética e do moderno. Seu posicionamento é completamente diferente da linha adotada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que lidera uma radicalizada oposição bolsonarista na Câmara.