A redução nos preços da gasolina, diesel e GLP (gás de cozinha), anunciada pela Petrobras em meio à divulgação da nova política de preços adotada pela petroleira nesta terça-feira, tende a reduzir os preços dos combustíveis voltados ao consumidor entre maio e junho. Mas a maior parte dessas quedas logo deverão ser compensadas pela fixação das alíquotas do ICMS sobre a gasolina e etanol anidro, prevista para entrar em vigor em junho. No fim das contas, analistas explicam que é um jogo de “soma zero” sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país. Economistas ainda esperam que a inflação deverá encerrar 2023 em torno de 6%.
André Braz, economista e coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV, estima que a redução de 21% do GLP nas refinarias se traduzirá em uma queda próxima de 15% para o consumidor, ao passo em que a queda de 12,% da gasolina deve alcançar cerca de 8% sobre os preços praticados nas bombas dos postos de combustível.
Nesse sentido, Braz estima que a queda no custo do gás de cozinha e da gasolina deverão contribuir, juntos, para uma redução de cerca de 0,3 ponto percentual sobre a inflação de maio e 0,3 ponto percentual sobre a inflação de junho. Seu efeito será dividido entre os dois meses, em razão do reajuste ter sido anunciado na metade deste mês, passando a valer, portanto, a partir do dia 17.
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