Desde 1964, a Redenção abriga um dos espaços mais icônicos da arquitetura e da cultura porto-alegrense. O Auditório Araújo Vianna é, hoje, um dos pontos de referência quando o assunto é música, recebendo nomes como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Marisa Monte e Emicida em seu palco.
O auditório foi criado em 1927, originalmente no espaço onde, hoje, é a Assembleia Legislativa do Estado. Mas, desde 1964, ocupa o endereço no coração do bairro Farroupilha. O espaço foi projetado pelos arquitetos Moacyr Moojen Marques e Carlos Maximiliano Fayet. Desde 2019, é gerenciado pela Opinião Produtora, que venceu a licitação e é responsável pelo espaço até 2031.
Rodrigo Machado, sócio da produtora, diz que estar à frente do Araújo tem sido desafiador, especialmente pela pandemia, que iniciou poucos meses após o processo de licitação do espaço. “Foi um momento bem delicado, porque estávamos, até então, com um elefante branco. O desfecho foram 18 meses tristes, que só saía, não entrava um real, mantivemos todos os nossos funcionários, que são em torno de 60”, lembra. Em 2021, quando as atividades começaram a retornar, ainda que com protocolos, o Araújo voltou a receber público. De lá para cá, o negócio decolou, como define Rodrigo. “O primeiro show foi da Maria Rita, ainda com a capacidade reduzida, todo mundo de máscara. Em outubro, o negócio começou a decolar e não parou mais”, celebra Rodrigo, que destaca uma mudança no comportamento do público. “Acho muito simplista achar que é só uma demanda reprimida. Acredito que as pessoas estão com o pensamento de que se pode fazer hoje, não vai deixar para amanhã”, percebe.
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