Há 20 anos presente nas feiras Modelo de Porto Alegre, a moeda circulantes é uma opção para os clientes. Hoje, são mais de 100 feirantes que já aderiram a essa modalidade, que impulsiona a economia do bairro, fideliza as relações e traz praticidade aos clientes.
Para facilitar a vida dos dos consumidores, o projeto da moeda local foi desenvolvido pela Associação das Feiras Modelos de Porto Alegre, em parceria com uma empresa holandesa e a Feevale, com o apoio da prefeitura. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), à época SMIC, esteve à frente de todo o desenvolvimento, pois é responsável pela organização e fiscalização das feiras na Capital.
Para uma das idealizadoras da moeda, Denise Oliveira, da Associação das Feiras Modelo de Porto Alegre, a circulantes é respeitada pela comunidade e importante para Porto Alegre. “A operação é muito segura e prática. O consumidor passa uma única vez o cartão na Central e leva sua moeda para onde for, em qualquer bairro sendo feira Modelo”, diz. A cédula, que é emitida por empresa autorizada pelo Banco Central, possui 13 itens de segurança para coibir a falsificação.
A circulante pode ser adquirida com cartão de débito ou crédito nas centrais, espécie de bancas que ficam ao longo da feira. Mais de 90% das operações são realizadas no crédito, conta Denise. A moeda opera nas 35 feiras Modelo, porém pode ser adquirida somente em 12 delas (General João Telles, Epatur, São Pedro, Camaquã, Parque dos Maias, Morro Santana, Jardim do Salso, Bom Fim, Ceará, Santa Rosa, Germânia e Praça da Encol), onde há a Central. No link é possível checar os dias e horários de cada uma delas.
Geração de renda – “É um modelo de negócio muito bem estruturado na cidade, além de gerar muitos empregos e desenvolvimento. A opção de compra com a moeda favorece o comércio das feiras de bairro que, consequentemente, ajudam a movimentar toda a região. Os produtores trazem alimentos de qualidade para as pessoas e com preços acessíveis”, diz a titular da SMDET, Júlia Evangelista Tavares.
Segundo o chefe da Unidade de Fomento da SMDET, Oscar Pellicioli, as feiras geram mais de 800 empregos diretos e indiretos. “Elas são o resultado de muito trabalho e dedicação com a produção primária tanto da Zona Rural de Porto Alegre quanto das cidades vizinhas”, explica.
A professora Emilly Garcia vai à Feira Modelo, no Largo Zumbi dos Palmares, toda terça-feira e demorou para aderir ao Circulantes. “Sempre via as barracas e nunca tinha parado para ver como funcionava. Toda a semana tinha que passar valores pequenos em cada compra. Agora, é mais vantajoso e mais prático com o uso da moeda”, diz.
Facilidade – Feirante há mais de 30 anos, Jorge Gomes, lembra que já passou por algumas situações desagradáveis quando os clientes usavam cheque. “A gente confiava na pessoa, ia na agência depositar e não tinha fundos. Hoje, temos a firmeza de que vamos receber em 31 dias o valor da compra. Ninguém vai nos lograr”, comenta.
Outro ponto que favorece a comercialização nessa modalidade é a instabilidade no sinal da máquina do cartão. “Ás vezes temos esse problema. O interessante é que se o cliente não gastar todas as notas do Circulante que comprou no dia, pode deixar para a próxima vez que vier, pois não perde a validade”, completa Denise.