Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
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Mudanças na Lei da Mata Atlântica colocam em risco segurança hídrica e alimentar de mais de 70% da população, por Ana Lucia Azevedo/O Globo

Detalhes Notícia
Hoje restam apenas 12,4% de cobertura original do bioma, ameaçado com MP aprovado pela Câmara, Rio-Santos rasga encostas ainda preservadas de Mata Atlântica: restam 12,4% da vegetação original do bioma Foto: Brenno Carvalho

Se for levado adiante, o afrouxamento das regras ambientais, aprovado pela Câmara de Deputados na quarta-feira, vai colocar em risco a segurança climática, hídrica e alimentar da maioria dos brasileiros. Os “jabutis” (acréscimos que não têm relação com o texto original) incluídos na MP da Mata Atlântica, cujo objetivo era proteger o bioma, abrem caminho para a destruição do que restou deste ecossistema, que hoje já está reduzido a 12,4% da cobertura original.

Cerca de 72% da população do Brasil vivem no chamado domínio da Mata Atlântica.

—Não existe parte mais vulnerável, todo o bioma é ameaçado pela decisão do Congresso. É um ataque à realidade e à sociedade. Agravará a crise climática e de biodiversidade, eliminará recursos dos quais a maioria dos brasileiros depende e violará a já consolidada Lei da Mata Atlântica — destaca o advogado e ex-deputado federal Fabio Feldmann, autor da Lei da Mata Atlântica e responsável pelo capítulo sobre Meio Ambiente da Constituição brasileira. — Se não for vetada, veremos suas consequências em mais desastres, como o que devastou o litoral de São Paulo este ano.

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