O câncer de mama é um o mais incidente em mulheres no país e em todas as regiões brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número estimado de casos novos para o triênio de 2023 a 2025 é de 73.610, correspondendo a 66,54 casos novos a cada 100 mil mulheres. As pesquisas sobre a doença avançam e novas terapias trazem mais esperanças às pacientes. Um estudo randomizado – quando as pacientes são escolhidas aleatoriamente – sobre imunoterapia associada à quimioterapia mostrou que essa combinação melhorou as taxas de desaparecimento do tumor antes mesmo da cirurgia.
A pesquisa foi apresentada pelo Dr. Carlos Barrios, médico oncologista do Grupo Oncoclínicas RS e Centro de Pesquisa em Oncologia do Hospital São Lucas, da PUCRS, durante o Congresso Europeu de Câncer de Mama (ESMO BREAST 2023), realizado na última semana (11 a 13/5), em Berlim, Alemanha. Pela relevância dos resultados, a apresentação aconteceu durante a chamada sessão presidencial. O oncologista explica que o estudo foi feito com pacientes portadoras da doença triplo negativa, considerada a mais agressiva, afetando principalmente mulheres mais jovens.
Realizado no Centro de Pesquisa em Oncologia do Hospital São Lucas, da PUCRS, o estudo constatou que o tratamento combinado fez com em mais de 60% das pacientes o tumor tenha desaparecido, sem cirurgia. Além disso, a associação aumentou o controle da doença depois da cirurgia e o câncer não voltou em mais de 90% das pacientes que melhor responderam ao tratamento. “Trata-se de um resultado significativo para um tumor que ainda tem altas taxas de recidiva”, afirma o Dr. Barrios.
