Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
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Indústria gaúcha projeta desaceleração no segundo trimestre, por Isadora Jacoby/Jornal do Comércio

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Segundo as entidades, a receita do RS no primeiro trimestre indica crescimento e equilíbrio orçamentário ao final do ano TÂNIA MEINERZ/JC

 

 

Representando 23,2% do PIB do Rio Grande do Sul, a indústria é um braço forte e importante da economia do Estado. Os dados, levantados pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são referentes a 2020, apontando uma queda de 4,3 pontos percentuais na participação do setor em comparação a 2009, quando a indústria representava 27,5%.

Em 2023, de acordo com Gilberto Porcello Petry, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), a projeção é de crescimento, podendo chegar 25,3%. Durante o almoço que celebrou, nesta quinta-feira, na sede da Fiergs em Porto Alegre, os 90 anos do Jornal do Comércio e o Dia da Indústria, Petry pontuou os desafios enfrentados para atingir a estimativa. “A indústria gaúcha, no primeiro semestre, está sofrendo com a troca de governo. Vinha em um nível bom e, depois, os empresários deram uma parada para saber o que o novo governo iria apresentar. Estamos em maio e agora que estão surgindo os primeiros pontos, como o arcabouço fiscal e mais programas. Em função disso, a indústria ainda está andando em um ritmo um pouco lento”, percebe o presidente da Fiergs.

A percepção é compartilhada por David Randon. Para o empresário da Randoncorp, a atenção às contas públicas e o compromisso em gerar infraestrutura necessária para a indústria são pontos-chave para que o setor tenha, em 2023, números positivos. “É um ano em que estamos um pouco apreensivos pelo momento, na expectativa de alguns projetos que estão para passar na Câmara, no Senado. Posso ter a liberdade de falar não só como empresário, mas também na sociedade, que não estão tendo muito cuidado com os gastos públicos”, diz, destacando a necessidade de mais investimentos em infraestrutura. “O Brasil precisa de infraestrutura. Para produzir no Rio Grande do Sul ou em qualquer outro estado, se você não tiver uma condição de infraestrutura o suficiente, do portão para fora da empresa, nós começamos a nos tornar mais ineficientes. E ali o problema é muito sério na competitividade”, pontua.

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