Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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Planalto corre contra o tempo em busca de diálogo, mas Congresso já arma novas bombas contra Marina; saiba quais, por Alice Cravo, Camila Turtelli e Lauriberto Pompeu/O Globo

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Emendas, cargos e relação ruim com parlamentares resultou em adiamento de votação na terça (30); governo seria derrotado, avalia Planalto. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Após dar aval ao acordo que esvaziou os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, os auxiliares escalados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do tema anunciaram que buscarão reabrir o debate com o Congresso e tentar reverter mudanças feitas na medida provisória que reorganizou a Esplanada. Além de uma base frágil, o tempo joga contra o Palácio do Planalto: a MP precisa ser apreciada até a semana que vem, sob pena de voltar a vigorar a estrutura deixada por Jair Bolsonaro a partir de 1º de junho. Caminhando no sentido oposto, o Parlamento já planeja novas derrotas à agenda liderada pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente).

Já como uma porta de saída, no mesmo discurso em que defenderam diálogo com o Congresso, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) também pontuaram que as mudanças feitas pelos parlamentares não impedem a implementação do programa de governo.

Lula convocou Marina, Padilha, Costa, a ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e líderes no Congresso após a aprovação, em comissão mista, do relatório apresentado pelo deputado governista Isnaldo Bulhões (MDB-AL). O texto retirou do Meio Ambiente o controle do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e da Agência Nacional de Águas (ANA). A demarcação de terras indígenas foi deslocada da pasta de Guajajara para o Ministério da Justiça, de Flávio Dino.

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