Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
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RS comemora dois anos como área livre de febre aftosa sem vacinação, por Claudio Medaglia/Jornal do Comércio

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Sem casos de febre aftosa desde 2001, rebanho gaúcho rendeu quase meio bilhão de dólares em 2022 EDUARDO ROCHA /DIVULGAÇÃO/JC

 

 

Sétimo maior produtor de carne bovina do País, o Rio Grande do Sul exportou US$ 443 milhões em 2022. O saldo representou 3,4% do total nacional no período, de US$ 13 bilhões, com 2,89 milhões de toneladas do produto, e se deve, muito, à conquista do status de área livre de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), que completou dois anos neste sábado (27), é um trunfo do estado na disputa por mercados e um orgulho para o serviço veterinário oficial.

Há 10 dias, Brasil e Chile assinaram um acordo de cooperação visando a adoção do sistema de “pre-listing” para habilitação de estabelecimentos exportadores de carnes bovina, suína, ovina e de aves. Com isso, a habilitação sanitária de frigoríficos para exportação será feita pelo próprio país exportador, em conformidade com as regras do país importador. O sistema desburocratiza o acesso de novas plantas exportadoras ao mercado chileno, dispensando a necessidade de habilitação e inspeção individual por autoridades chilenas. Em fevereiro, após visita técnica ao Rio Grande do Sul, o órgão sanitário animal do governo chileno avalizou a sanidade e a qualidade da cadeia de controle de doenças do estado, o que representou um primeiro passo para a exportação de carne com osso e miúdos para aquele país.

Diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), a médica veterinária Rosane Collares diz que a certificação internacional como área livre da doença sem vacinação deve ser celebrada. “É a confirmação de que o nosso serviço está em um seleto grupo do circuito não aftósico. Manter os rebanhos sadios é o propósito da nossa atividade. Sustentar uma certificação, muitas vezes, é mais difícil que conquistá-la”.

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