O diretor-presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Roberto Barbuti, anunciou nesta segunda-feira (29) que irá deixar o cargo depois de quatro anos de gestão. Segundo informou, os motivos para o anúncio repentino são pessoais, incluindo um convite para um novo projeto profissional. Apesar disso, Barbuti não deu prazo para deixar oficialmente a sua função na estatal, nem revelou a oportunidade que o fez deixar a empresa às vésperas da privatização do órgão.
Ele deve seguir no cargo até que o governador Eduardo Leite (PSDB) anuncie o próximo titular, o que ainda não foi definido pelo Palácio Piratini. Em coletiva, Barbuti aproveitou para fazer um balanço de sua gestão, ressaltando os investimentos dos últimos quatro anos, as mudanças na governança e o projeto de privatização, atualmente travado por liminar do Tribunal Regional do Trabalho e no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em 2022, a Corsan fez investimentos na casa dos R$ 600 milhões em CAPEX, mas para cumprir a meta de R$ 15 bilhões até 2033, precisa aumentar a velocidade dos investimentos. “Buscamos maior eficiência, mas a velocidade ainda não é a ideal. Nós dobramos os investimentos, mas teríamos que quadruplicar. A Corsan é cobrada pela qualidade, pelas entregas, mesmo que tenhamos melhorado bastante, isso só será viabilizado quando não houver mais amarras que colocam a empresa estatal num pé de desigualdade em relação a uma empresa privada”, considerou o presidente.
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